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Banco de Portugal estima que fundos da UE já tenham chegado a 40% dos beneficiários finais

 

O Banco de Portugal estima que os Beneficiários Finais de fundos da União Europeia (UE) já tenham recebido 40% da dotação total prevista, com a taxa de recebimentos em Portugal a situar-se acima da média europeia.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal (BdP), projeta-se assim uma recuperação dos recebimentos de fundos da UE no horizonte de projeção de 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018, para 2,3% do PIB em 2019 e 2,6% do PIB em 2020 e 2,4% do PIB em 2021.

O banco central analisou "o impacto dos recebimentos de fundos da União Europeia na balança corrente e de capital: Portugal 2020 em perspetiva", de acordo com o Boletim Económico de março.

Segundo o BdP, comparando por país, a taxa de recebimentos portuguesa está acima da média europeia, sendo a sexta mais elevada.

Ainda assim, refere, o ritmo de recebimentos do atual acordo de parceria está "ligeiramente aquém" do observado no anterior ciclo de apoio, em igual fase do período de programação, estando também abaixo dos ciclos mais antigos.

Segundo as contas do BdP, desde 1986 até ao final de 2018, Portugal terá recebido um valor acumulado de fundos da UE em torno dos 130 mil milhões de euros, a preços de 2011, o que corresponde a cerca de 2,5% do PIB por ano.

No período de 1996 a 2018 (período das séries de pagamentos) as transferências de Portugal para a UE são relativamente estáveis, situando-se em torno de 1% do PIB por ano.

O BdP inclui também no Boletim Económico de março uma caixa dedicada ao tema da sensibilidade das projeções a choques adversos de procura externa e uma outra sobre o tema da "taxa de juro natural" na esfera da política monetária.

O BdP atualiza ainda os conteúdos importados da procura global para a economia portuguesa, com base em dados do INE de 2015, onde conclui não existirem alterações significativas face à anterior versão (com base em dados de 2013).

As componentes com maior conteúdo importado são as exportações (44%) e a formação bruta de capital fixo (36%) e com menor conteúdo importado o consumo público (10%).

A procura global ponderada pelos conteúdos importados (agregação das várias componentes da procura global ponderadas pelo respetivo conteúdo importado) é, segundo o BdP, o indicador mais adequado para a evolução das importações.

Saiba mais:

| Caixa 2: “IMPACTO DOS RECEBIMENTOS DE FUNDOS DA UNIÃO EUROPEIA NA BALANÇA CORRENTE E DE CAPITAL: PORTUGAL 2020 EM PERSPETIVA”

| BOLETIM ECONÓMICO DO BANCO DE PORTUGAL, de março de 2019

Fonte: BdP/Lusa

 

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