O Ministro do Planeamento, Nelson de Souza, anunciou recentemente um investimento de 160 milhões de euros para concursos de doutoramento e atribuição de bolsas, financiados pelos Programas Operacionais Regionais do Portugal 2020.
“Ao todo, vai estar a concurso um montante muito significativo, diria mesmo que se trata de uma das mais significativas iniciativas em termos de volume financeiro”, afirmou o Ministro, acrescentando que são “160 milhões de euros de fundos que vão ser alocados a programas de doutoramento”.
Estas declarações foram feitas na Universidade da Beira Interior, na Covilhã, na apresentação dos programas de doutoramento e pós-doutoramento financiados pelos Programas Operacionais Regionais do Portugal 2020.
“Esta é uma aposta que está integrada na estratégia que elege a promoção da investigação e desenvolvimento como veículo para que o País possa continuar a crescer”, sublinhou o Ministro, referindo a necessidade de pessoas qualificadas.
Nelson de Souza lembrou que “atualmente, não é possível crescer sem termos capacidade de gerar conhecimento”, pois mesmo criando conhecimento, há que transferir esse saber para as atividades económicas.
PARCERIAS ENTRE UNIVERSIDADES E EMPRESAS
O Ministro afirmou ainda que, no âmbito do Portugal 2020, já foram investidos 1,7 mil milhões de euros em Investigação e Desenvolvimento (I&D), sendo que 60% desse valor foi atribuído a centros de investigação e 40% foram canalizados para empresas.
Nelson de Souza acrescentou que, da parcela atribuída a universidade e centros de saber, 1/3 já é absorvido por projetos implementados em parceria com empresas: “Tal desmente o estereótipo de que a investigação no País está alheada dos territórios e das empresas”.
“Para além da convergência económica, retomamos o investimento em I&D e na transferência desse conhecimento para as empresas, apostando na qualificação dos recursos humanos, quer estejam na produção do conhecimento ou na atividade produtiva das empresas”, concluiu.
ATRIBUIÇÃO DE BOLSAS POR ÁREAS GEOGRÁFICAS
O valor em causa será distribuído pelas regiões de convergência - Norte, Centro e Alentejo - estando a maioria dos concursos já a decorrer. As restantes regiões do País receberão apoios com origem em receitas próprias da área de governação da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
As duas iniciativas vão permitir que as bolsas atribuídas nos últimos quatro anos dupliquem, passando das 957 (em 2015) para 1900 (em 2019), que serão agora disponibilizadas aos investigadores de todo o País, segundo o Secretário de Estado da Ciência e Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira.
Dados oficiais da área de governação da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior referem que este número permite que a Fundação para a Ciência e Tecnologia recupere os valores máximos de novas bolsas apoiadas, representando um aumento de 450 bolsas face a 2018, ano em que foram concedidas cerca de 1470.
Fonte: República Portuguesa