Lançamento 'Portugal New Space Entrepreneurship Initiative 2030'
Decorreu no dia 15 de julho em Coimbra o evento "Portugal New Space Evening", um evento organizado pelo Instituto Pedro Nunes e a Agência Espacial Portuguesa para assinalar os 50 anos da chegada do Homem à Lua. A efeméride foi comemorada com um programa duplo: a apresentação da iniciativa “Portugal New Space Entrepreneurship Initiative 2030” pelo Ministro da Ciência Tecnologia e Ensino Superior e um concerto de acesso gratuito onde o músico Júlio Resende apresenta o "Cinderella Cyborg”. Como não podia deixar de ser, o IPT, como parceiro nuclear do projeto Infante (Satélite para aplicações marítimas e comunicações a partir de constelações - projeto cofinanciado pelo COMPETE2020, PORTUGAL2020 e FEDER), fez-se representar pela diretora da OTIC, Dra. Clara Amaro, pelo responsável do IPT no projeto INFANTE, Doutor Carlos Ferreira e pelo bolseiro do IPT para o projeto INFANTE, Eng. André Carvalho.
Portugal quer multiplicar por dez a facturação com o sector espacial até 2030
Estratégia passa por replicar noutros pontos do país programa de incubação de empresas liderado em Portugal pelo Instituto Pedro Nunes, em Coimbra.
No Verão de 1969, a missão Apolo 11 aterrava na Lua, transportando os primeiros homens que a pisariam. Meio século depois, a tecnologia utilizada na indústria espacial está a ser aplicada em terra e Portugal quer aproveitar essa onda. Em si, a adaptação não é propriamente uma novidade. Mas a simplicidade com que acontece e a sua aplicação prática sim.
Num período de pouco mais de uma década, o Governo português quer multiplicar por dez a facturação das empresas portuguesas que têm por base a tecnologia espacial. Ou seja, espera-se que um valor que anda hoje na casa dos 40 milhões de euros por ano em todo o país chegue aos 400 milhões em 2030, anuncia o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.
Como atingir o valor proposto até 2030? Parte da estratégia passa por replicar um programa da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), liderado em Portugal pelo Instituto Pedro Nunes e que, em cinco anos, ajudou a lançar 27 empresas, com uma taxa de 100% de sobrevivência. Mais três estão na calha para integrar a incubadora do espaço do IPN e assim cumprir o objectivo da criação de 30 empresas contratualizado com a ESA, em 2014.
O Centro de Incubação de Negócios da ESA (ESA-BIC, também em inglês) é coordenado em Portugal pelo IPN, com pólos no Porto e em Cascais, e apoia startups que “transfiram tecnologia espacial para sectores terrestres e empresas que operem no mercado espacial comercial”, menciona o director de inovação do IPN, Carlos Cerqueira, que também falou com o PÚBLICO à margem da iniciativa que decorreu no Teatro Académico Gil Vicente, em Coimbra.